SEGUNDA FOI AO AR NO PROGRAMA NOTICIAS MTV UMA ENTREVISTA DA PITTY COM A BANDA MUSE.
VEJA O QUE A PITTY FALOU SOBRE O DIA DA ENTREVISTA:
Muse e Porão do Rock
Semana intensa, emocionante, cheia de sensações. Nunca escondi que sou muito fã do Muse, e já estava na expectativa pro show deles aqui no Brasil. Quando a MTV me ligou e perguntou “quer entrevistar os caras”, eu quase arreguei. Porque essa coisa de gostar muito às vezes atrapalha, porque meu inglês não é lá dos melhores, pela experiência anterior não muito boa que eu havia tido com isso. Fiquei a um milímetro de dizer não, e no final alguma coisa em mim me dizia que se eu fizesse isso eu estaria sendo covarde. No final, depois de meditar um pouco a respeito, minha conclusão foi: preciso ao menos tentar. Nem que eu me foda. Preciso ter coragem, ou vou me arrepender pra sempre de não ter arriscado. E lá fui eu. Fui com a equipe da MTV e ficamos esperando no saguão do hotel; o vôo deles atrasou horrores e muitas outras equipes e jornalistas estavam à espera da banda. Chegaram muito no fim da tarde, e eu já imaginando que eles estariam, com todo direito, cansados por causa do show da noite anterior, talvez um pouco de saco cheio por conta do atraso aéreo, ou até na correria porque ainda teriam um show pra fazer naquela mesma noite depois de umas quinze entrevistas. Como músico, me coloquei no lugar deles e me preparei para qualquer estado de espírito. Depois de uma espera que pra mim pareceu infinita, chegou a hora. Cola na mão, perguntas da MTV e algumas que eu bolei, chegam Matt e Dominic. Carinha de sono do Matt, e eu falei “você deve estar cansado”. Ele disse que sim, e comentou sobre como ficou surpreso com o intenso tráfego de São Paulo. “Heavy traffic, yeah?”. Yeah, babe. E assim começou um papo que foi surpreendentemente agradável. Falamos sobre música clássica, compositores favoritos, melancolia e Nina Simone, jeito de escrever letras, perguntei de onde veio a idéia de colocar um kaos pad na guitarra, significado de Plug In Baby (“it’s just a cool name”). Para meu espanto e alegria consegui entender todas as respostas, fazer as perguntas, interagir. Eles foram uns amores. No final, comentei com Dom que iríamos tocar juntos em Brasília e entreguei o CD pra ele, o DVD pro Matt. Dominic disse que, se conseguisse, ia tentar ver nosso show (o que, me disseram depois, aconteceu mesmo no Porão). Agradeci pela entrevista e me desculpei se pronunciei algo errado. Ele, gentil, disse que entendeu absolutamente tudo e que o papo foi ótimo. Eu, que nunca estudei inglês em lugar algum, que aprendi tudo que sei apenas ouvindo letras de músicas, me dei por satisfeita.
No dia seguinte, o show em Brasília. O nosso foi maravilhoso, optamos por um set mais enxuto e o público respondeu lindamente. O deles, um absurdo de foda. Dessa vez vi do lado do palco, podendo observar detalhes que não havia visto nem no Reading, nem em São Paulo. Em Sampa podia ter ficado no camarote, mas eu simplesmente precisava estar lá no meio; pulando, gritando, suando, fritando, chorando, rindo. Meu um metro e sessenta não me ajuda muito nessas horas, mas a graça de ver um show desses no meio da galera é impagável. Cheers!
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