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quarta-feira, 19 de março de 2008

Rock Brasileiro - História

Rock brasileiro

Anos 40

Apesar de muitos estudiosos acreditarem que a primeira gravação de rock no país coube à cantora
Nora Ney - que, aliás, começou a carreira radiofônica com o nome de Nora May, e cantando em inglês --o primeiro disco de rock foi gravado pelo veterano Gilberto Alves, na RCA Victor (disco n.º 34.678). O título da composição é Bonitão, de Marino Pinto e Mário Rossi --uma composição nacional e com letra --registrada no longínquo ano de 1949. Durante o solo instrumental, pode-se notar de forma bastante nítida a batida e as intervenções de metais que bem caracterizam o rock propriamente dito, formalizado por Bill Haley e Seus Cometas.
Este tipo de arranjo faz parte das raízes do rock and roll e do estilo de um dos predecessores, o jazz dançante das
big bands. Outro exemplo de "disco de rock" brasileiro pre-histórico nesta linha é Dizem Que Sou Um Mau Rapaz, composição de Custódio Mesquita gravada por Francisco Alves (disco Odeon de número 12028, gravado e lançado em 1941).

Anos 50

O "pontapé inicial" do rock no Brasil foi
Nora Ney (conhecida cantora de samba-canção) gravar o considerado primeiro rock, "Rock around the Clock", de Bill Haley & His Comets (trilha do filme Sementes da Violência), em outubro de 1955, para a versão brasileira do filme. Em uma semana a canção já estava no topo das paradas (mas Nora Ney nunca mais gravou nada no gênero, tirando a irônica "Cansei do Rock", em 1961). Em dezembro, a mesma canção recebia versão em português, "Ronda das Horas" (por Heleninha Ferreira) e outra gravada por um acordeonista, não tão bem sucedidas quanto a "original".
Em
1957, foi gravado o primeiro rock original em português, "Rock and Roll em Copacabana", escrito por Miguel Gustavo (futuro autor de "Para Frente Brasil") e gravada por Cauby Peixoto. Entre 57 e 58 diversos artistas gravaram versões de músicas americanas, como "Até logo, jacaré" ("See You Later, alligator"),"Meu Fingimento" ("My Great Pretender") e "Bata Baby" (Long Tall Sally).
Embora em 57 o grupo Betinho & Seu Conjunto, de "Enrolando o Rock" tenha alcançado grande fama, os primeiros ídolos do rock nacional fforam os irmãos
Tony e Celly Campelo, que em 1958 lançaram o compacto Forgive Me/Handsome Boy, que vendeu 38 mil cópias. Tony gravaria mais dois singles até seu álbum em 1959, e Celly estourou em 1959 com "Estúpido Cupido" (120 mil cópias vendidas), chegando a ter boneca própria (com a qual aparece na capa de seu LP "Celly Campello, A Bonequinha Que Canta").
Os Campello também apresentariam Crush em Hi-Fi na
Rede Record, programa totalmente voltado para a juventude, que revelou diversas bandas.Outros programas também surgiram para aproveitar a "febre" como Ritmos para a Juventude (Rádio Nacional-SP), Clube do Rock (Rádio Tupi -RJ) e Alô Brotos! (TV Tupi). Em 1960 surgira até a Revista do Rock.

O começo da década foi marcado pelo surgimento de grupos instrumentais como The Jet Black's, The Jordans e The Cleevers (futuros Os Incríveis), e do cantor Ronnie Cord, que lançaria dois "hinos": a versão "Biquini de Bolinha Amarelinha" e a rebelde "Rua Augusta" (subi a rua Augusta a 120 por hora, deixei a turma toda do passeio para fora).
Até que surge um
capixaba que se tornaria o maior ídolo do Rock Nacional dos anos 60, e posteriormente o maior nome da Música Brasileira: Roberto Carlos, que emplacou dois hits em 1963: "Splish Splash" e "Parei na Contramão". No ano seguinte, teve mais sucessos como "É Proibido Fumar" (mais tarde regravada pelo Skank) e "O Calhambeque". Aproveitando o sucesso, a Rede Record lançou o programa Jovem Guarda, apresentado por Roberto ("Rei"), seu amigo Erasmo Carlos ("tremendão") e Wanderléa ("ternurinha"). Só nas primeiras semanas atingira 90% da audiência.
Seguindo o sucesso das Jovem Guarda surgem entre outros, Renato e seus Blue Caps, Golden Boys,
Jerry Adriani, Eduardo Araújo e Ronnie Von, que tinham seu som inspirado nos Beatles (o gênero apelidado "iê-iê-iê") e no rock primitivo. A Jovem Guarda também levou a todo tipo de produto e filmes como Roberto Carlos em Ritmo de Adventura (seguindo a trilha de A Hard Day's Night e Help! dos Beatles).
Apesar disso, os artistas da
MPB "declararam guerra" ao iê-iê-iê da Jovem Guarda, chegando a um protesto de Elis Regina, Jair Rodrigues, entre outros, conhecido "Passeata contra as guitarras elétricas". O programa terminaria em 1968, com a saída de Roberto Carlos.
Então, surgiria a
Tropicália. Em 1966, surgiram Os Mutantes Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, com seu deboche e som inovador. Em 1967, a dupla Caetano Veloso e Gilberto Gil faria as canções "Alegria, Alegria" e "Domingo no Parque", apresentadas no III Festival da Rede Record. No ano seguinte, o álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band fascinou a dupla, levando a apresentações vaiadas em festivais de Record e Excelsior, e ao álbum coletivo Tropicália ou Panis et Circensis, com Mutantes, Gal Costa, Tom Zé, Torquato Neto, Capinan, Rogério Duprat e Nara Leão, considerado um dos melhores álbuns brasileiros da história.
Os Mutantes também criariam carreira grandiosa, com álbuns elogiados a partir de
1968 e chegando a influenciar até Kurt Cobain, do Nirvana. O grupo começaria a se desmanchar com a saída de Rita Lee, em 1973.

Anos 70

O endurecimento da
ditadura militar levou Caetano e Gil ao exílio em Londres, onde viveram de 1969 a 1972. Durante o período, gravaram dois discos considerados dos seus melhores, Transa (Caetano), e Expresso 2222 (Gil).
Após sair dos Mutantes no final de 1972, Rita Lee iniciou uma muito bem sucedida carreira solo, acompanhada do grupo
Tutti Frutti. Arnaldo Baptista também gravou o aclamado Loki? (1974). Os Mutantes ainda atravessaram a década convertidos ao rock progressivo, passando por várias formações e dissolvendo-se em 1978.
Em 1973, surgiram
Secos & Molhados, liderados por João Ricardo, com Ney Matogrosso como vocalista, que faziam a chamada “poesia musicada” com canções muito bem elaboradas como “Rosa de Hiroshima” ou “Prece Cósmica”, apesar de alguns flertes menos poéticos e mais divertidos como “O Vira”. Dois álbuns e um ano depois, em 1974, o grupo com sua formação clássica (João, Ney e Gerson Conrad)se desfez.
Em 1973 também surgiu outro ícone:
Raul Seixas, que vendera 60000 compactos de "Ouro de Tolo" em poucos dias e se tornaria "bardo dos hippies" com músicas debochadas como "Mosca na Sopa" e "Maluco Beleza", esotéricas como "Eu Nasci Há 10000 Anos Atrás" (composta em parceria com o futuro autor Paulo Coelho) e "Gita", e as motivacionais "Metamorfose Ambulante" e "Tente Outra Vez".
Movimentos surgiram em outros locais do Brasil: em
Minas Gerais, o "Beatlesco" Clube da Esquina, liderado por Milton Nascimento e Lô Borges; e no Nordeste, a "nova onda" dos Novos Baianos, além da chamada "Invasão Nordestina": artistas que misturaram o sertanejo ao rock, como Fagner, Zé Ramalho e Belchior.
Mesmo com o pouco espaço na mídia, várias bandas e estilos se destacavam no circuito underground da época, como o progressivo regional de
O Terço (que chegou a gravar um álbum em inglês voltado para o mercado italiano), o hard rock do Made in Brazil, o rock rural de Sá, Rodrix e Guarabyra e o hard progressivo do Casa das Máquinas.

Anos 80

Atribui-se a esta década a popularização do rock brasileiro, movimento que surgiu para aproveitar a onda do estilo musical (rock) que já havia se consagrado mundialmente nos anos 70. Muitas bandas deste estilo, como o Ultraje a Rigor e Ira! permanecem ativas até hoje, fazendo apresentações por todo o Brasil. Outras bandas e artistas da época, como Legião Urbana e Renato Russo, foram imortalizados e tocam nas rádios até hoje, devido ao grande sucesso entre o público, principalmente adolescentes. O movimento das diretas já aconteceu em 1984 evidenciando essa década, que é conhecida como "década perdida".
Nos anos 80 ocorreu a verdadeira "explosão" do rotulado "BRock". Isso se deve em parte à criação de casas de show como Noites Cariocas e
Circo Voador (Rio) e Aeroanta (São Paulo).
As primeiras bandas a fazerem sucesso foram os irônicos
Blitz("Você não soube me amar") e Eduardo Dusek ("Rock da Cachorra", junto com João Penca e seus Miquinhos Amestrados), no batizado "Verão do rock", em 1982.
As bandas mais cultuadas dos anos 80 formam um "quarteto sagrado"[
carece de fontes?]. São elas:
Os Paralamas do Sucesso, cariocas (que se conheceram em Brasília) surgidos em 82, com um ska parecido com o The Police.
Titãs, rock´n rolls paulistas (mais tarde "suavizados"). Inicialmente, juntavam as estéticas da new wave e do reggae com a da MPB, e, de 1982 à 1984, a banda era formada por nove integrantes - além dos músicos que continuam no grupo, fizeram parte do conjunto: Ciro Pessoa (vocais), Arnaldo Antunes (vocais), Marcelo Fromer (guitarra) e Nando Reis (baixo/vocais), logo se tornando um octeto, numa formação que duraria até 1992, com a saída de Arnaldo. O baterista do grupo Ira!, André Jung, tocou seu instrumento no primeiro trabalho titânico, depois cedendo seu posto a Charles Gavin.
Os cariocas
Barão Vermelho, surgidos em 82 e liderados por Cazuza. Com a saída dele (que teve carreira-solo bem sucedida), o guitarrista Frejat assumiu os vocais.
Os brasilienses
Legião Urbana, liderados por Renato Russo, surgiram em 82. Acabou com a morte de Renato, em 1996. Os outros legionários que compunham a banda eram: Marcelo Bonfá (bateria) e Dado Villa-Lobos (Guitarra). Renato Rocha foi baixista da banda até 1988.
E teve outras também de grandes sucessos na época, como as bandas Sempre Livre, Gang 90 e as Absurdettes, Biquini Cavadão, Hanoi Hanoi, Hojerizah, Harmony Cats, Lobão e os Ronaldos, Metrô, Magazine, Grafitti, Ira... e cantores(as) como Marina Lima, Leo Jaime, Fausto Fawcet, Gilberto Gil, Ritchie, Kid Vinil, Rita Lee, Joe, Cazuza...
Vários locais do Brasil tinham suas bandas surgindo:
No
Rio de Janeiro, surgiram os alegres Kid Abelha e Léo Jaime; Uns E Outros e o fim da banda Vímana revelou Lulu Santos, Lobão (também ex-Blitz) e Ritchie.
Em São Paulo, o Festival Punk de 81 revelou
Inocentes, Cólera e Ratos de Porão; os debochados Ultraje a Rigor (no qual Edgard Scandurra tocou antes do Ira!) e Kid Vinil (então vocalista da banda Magazine); Metrô (banda) de Virginie Boutaud; Zero e RPM, que vendeu 2,2 milhões de cópias de Rádio Pirata ao Vivo.
Em Brasília, o
Aborto Elétrico (em que Renato Russo tocara) virou o Capital Inicial (que acabou se fixando em São Paulo), e o Plebe Rude teve o sucesso "Até Quando Esperar"
No
Rio Grande do Sul, os "cabeças" Engenheiros do Hawaii e Nenhum de Nós chegaram ao sucesso nacional.também estouraram bandas gauchas de rock como TNT, Taranatiriça, Cascavelettes, Os Replicantes, Os Eles, Bandaliera,Garotos da Rua...
Além deles, houveram os baianos
Camisa de Vênus, e os headbangers mineiros Sepultura, que com o seu Thrash Metal único, foram uma das poucas bandas brasileiras a fazer sucesso no exterior.

Anos 90

A década começou com apenas uma novidade: a
MTV Brasil, em 1990. E o primeiro "grande grupo" da década foram os mineiros Skank, que misturavam rock e reggae. Ao longo da década, outros grupos mineiros surgiriam, como Pato Fu, Jota Quest e Tianastacia.
Em 1994, surgiu em
Recife o movimento Mangue beat, liderados por Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A. O movimento misturava percussão nordestina a guitarras pesadas, conquistando a crítica.
Entre 94 e 95 surgiram dois grupos bem-sucedidos pelo humor: os brasilienses
Raimundos (94), com o ritmo forrócore" (forró+hardcore) e os guarulhenses Mamonas Assassinas (95), parodiando do heavy metal ao sertanejo, que chegaram a fazer 3 shows por dia e venderam 1,5 milhão de cópias antes de morrerem em um acidente de avião, em 96 (chegaram a 2,6 milhões).
Alguns
rappers tiveram ligação íntima com o rock, como Gabriel o Pensador e o Planet Hemp (que pedia a legalização da maconha).
Seguindo o caminho do Sepultura, o
Angra gravou em inglês, alcançando considerável sucesso no exterior.
Outros destaques são
O Rappa, também reggae/rock; Charlie Brown Jr., um "skate rock" com vocais rap; Cássia Eller, com um repertório de Cazuza e Renato Russo; e Los Hermanos, que surgiram com "Anna Júlia", canção pop que não combinava com a imagem intelectual da banda.
Outro fato da década é que todas as bandas do "quarteto sagrado" (exceto a Legião) tiveram de se reinventar para reconquistar audiência: os Paralamas, depois de uma fase experimental, voltaram às paradas com
Vamo Batê Lata (95); o Barão Vermelho, com o semi-eletrônico Puro Êxtase(98); e os Titãs, com seu Acústico MTV (97).

Anos 2000

2001 foi um ano "trágico" para o rock brasileiro.
Herbert Vianna, dos Paralamas, sofreu acidente de ultraleve e ficou paraplégico (mas voltou a tocar); Marcelo Frommer, dos Titãs, morreu atropelado; Marcelo Yuka, d'O Rappa, foi baleado e ficou paraplégico (saiu da banda); e Cássia Eller morre.
As bandas dos 90 passaram por muitas mudanças: o Skank ficou mais
britpop; o líder dos Raimundos, Rodolfo, converteu-se ao Cristianismo e saiu da banda para formar o Rodox (que também acabaria algum tempo depois); A banda Los Hermanos, lançada com o sucesso "Anna Júlia", mudou seu estilo a partir do segundo, polêmico, experimental e aclamado disco Bloco do eu sozinho (2001), e conseguiram continuar essa nova identidade com Ventura (2003) e 4 (2005); e três dos quatro integrantes do Charlie Brown Jr. abandonaram o grupo.

A banda Pitty é uma das poucas bandas de rock que tem uma mulher como vocalista, mas os tempos mudam, breve estarão várias novas cantoras no rock nacional e internacional.
Breve teremos fotos de algumas banda de rock nacional
AGUARDEM...

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