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Novo Single

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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Pitty Documentando a vida de JIMI HENDRIX


John Campbel e Pitty

Estréia em março no festival In Edit um documentário sobre a Hendrix Commemorative Experience que rolou em Londres pelos 40 anos da morte de Jimi Hendrix. A apresentação é da nossa top rocker Pitty para as câmeras dos diretores Pedro Paulo Carneiro e Roberto Lamounier.

Em Londres, eles visitaram a primeira residência de Hendrix em Londres, estiveram com John McCoy que contratou o primeiro show do guitarrista, com Mouse O’ Brian, que foi roadie de Hendrix. Pitty vestiu um casaco que foi de Hendrix e que pertence a McCoy. Ela conta por e-mail como foi a experiência:

Pitty com o casaco que foi de Hendrix


- A parte do casaco foi foda. Entraram com ele na sala e eu fiquei ali no meu cantinho, de olhos arregalados. Aí, do nada, alguém sugere que eu poderia vesti-lo, e minha cabeça virou uma mistura de sentimentos. Duas palavras pipocavam: blasfêmia e honra. Sabe, era o casaco do cara, quem sou eu para vesti-lo, coisa e tal; mas também o fato de sentir-se afortunada por entrar nele por uns minutinhos. Só me lembro que fiquei bem sem graça enquanto flashes estouravam, e minha única reação foi ver que cheiro ele tinha. Bateu essa curiosidade e dei uma cheiradinha na parte de dentro. Futuquei os bolsos, vai que ele tinha deixado algo ali que ninguém ainda tinha achado. O ruim é que estava tão aturdida que nem me lembro que cheiro tem. Acho que de roupa guardada, o que é meio decepcionante.

O diretor Pedro Paulo Carneiro mostra o primeiro contrato de Hendrix na Inglaterra, com o empresario John McCoy: 50 libras para dois sets de 30 minutos cada

No programa não podia faltar a Rock Tour, organizada por Bruce Cherry, que mostra o lado rock’n’roll da cidade e a Pitty ficou amarradona:

- Cara, é massa. Melhor do que imaginava. Londres é uma cidade que exala cultura e história por todos os poros, especialmente relacionado a rock. E ter alguém que sabe todas essas histórias e vai te contando a cada quadra é sensacional. Passei por lugares emblemáticos para quem curte música, como, por exemplo, o apê que Ringo emprestou para Keith Moon e que um dia simplesmente Keith pintou todo de preto. As paredes, portas, tudo. Diz que daí é que veio a onda dos Stones escreverem Paint in Black. Ou a quadra onde ficava a Indica Gallery, onde John conheceu Yoko. E também onde era o Rainbow Theatre, onde Jimi incendiou a guitarra pela primeira vez, meses antes de Monterey. No Rainbow, o Pink Floyd tocou o Dark Side pela primeira vez, Eric Clapton fez o "show da volta" depois de uma rehab braba, por insistência de Pete Townshend. Frank Zappa foi puxado do palco por um fã e quebrou a perna. É um lugar bem especial, e hoje virou uma Igreja Universal. Oh, yeah.

A letra manuscrita de Steppin' Stone


A comemoração teve um show no Troubadour, o bar em que Jimi Hendrix tocava quando foi para Londres no começo da carreira. Apresentou-se a Are You Experienced, banda de cover de John Campbell, que recria a música de Hendrix com fidelidade, incluindo até às vezes a queima da guitarra como o verdadeiro Jimi fez no festival de Monterey em 1967. Também se apresentou a dupla brasileira Sambulus, formada por Luana Mariano (piano, voz) e Caesar Barbosa (guitarra), interpretando Hendrix com guitarra e piano. O repertório foi lançado no disco Up From The Skies pelo selo Discobertas.

A Rock Tour. Pitty, Luana e Caesar

Hendrix é um dos gênios inquietos do rock que se auto imolaram cedo demais, ao lado de Janis Joplin, Brian Jones, Jim Morrison e Kurt Cobain. Exemplos em que a genialidade não se estende à autopreservação, mas à imolação. Pitty concorda que é uma peculiaridade dos gênios não ser normal

- Sim, acho que é peculiaridade de gênio ou de gente mais sensível não ser normal porque enxerga no mundo coisas que os outros não vêem; mas não acho que se trate só disso. Era uma época de descobertas inclusive com relação a essas substâncias. E a ligação das pessoas com as drogas era diferente também. Vinha daquela filosofia de Timothy Leary, de abrir as portas da percepção, de ver o mundo sob essa ótica mais verdadeira que acreditava-se que as drogas podiam trazer; sem o véu da caretice e do conservadorismo. Sentir as coisas como elas são sem os olhos do dia-a-dia, tentando abrir esses canais. Acontece que, com o tempo, eles descobriram que isso é bem perigoso justamente para quem é muito sensível; as alterações de humor e a intensidade dos sentimentos bons e ruins que você lida quando está doidão e depois careta é bem difícil de administrar. É uma montanha russa descontrolada. Eles foram cobaias, mártires, infelizmente. Graças a eles, ficamos mais espertos e aprendemos a medida de todas as coisas.

O atestado de óbito. JImi morreu em 18 de setembro de 1970 em Londres

O Sambulus com o MC do Festiva de Wight Jeff Dexter e o lendário critico musical Chris Welch


FONTE:O GLOBO

quinta-feira, 28 de outubro de 2010